Ficámos muito satisfeitas com os resultados do primeiro capítulo :) é mesmo muito bom saber que gostam do que escrevemos!
Aqui vai mais um capítulo dedicado a todas as que comentaram e que estão ansiosas para saber o que vai acontecer! Boa leitura, beijinhos.
Matilde
- Agora fugimos! - respondeu antes de corrermos até à porta das traseiras.
Abri a porta como se só nós soubessemos da existência desta mas quando nos deparámos com um par de polícias, apercebemos-nos que estávamos errados.
***
A seguir a ter saído do quartel da polícia dirigi-me a casa com esperanças de que não tivessem ligado à minha mãe mas as minhas esperanças desvaneceram-se quando reparei na sua cara.
-Filha, diz-me por favor, como foste capaz de fazer tal coisa? O que se passa contigo? Tu não eras assim... - perguntou-me com uma lágrima no canto do olho.
-Por amor de Deus mãe! Deves pensar que já não ouvi sermões suficientes por hoje. - Atirei o casaco para cima de uma cadeira e tranquei-me no quarto.
Ouvia a minha mãe a chamar-me do outro lado da porta mas decidi ignorar mesmo quando ela ameaçou chamar a polícia para derrubar a porta. Coloquei os fones e deixei-me estar deitada na cama embrenhada nos meus pensamentos.
Passados breves momentos, ouvi o barulho de uma pedra pequena a bater na minha janela e poucos segundos depois lá estava o Hugo com a sua gazua na mão. Abriu a janela e com um salto entrou no meu quarto; a minha cara de chocada era tal que ele ao sentar-se me fez uma festa na cara.
- O que estás aqui a fazer, Hugo?! Estás maluco? - disse-lhe ainda chocada.
- Vim ver como estavas depois do que se passou hoje... - Ambos nos encostámos às costas da cama. De repente, sem avisar sinto a sua mão na minha perna e um arrepio na espinha percorreu o meu corpo todo.
-O que foi isso? - perguntei espantada com o acto dele.
-Tu sabes o que é. - Disse-me, encantado, enquanto fazia a sua mão descer até aos meus joelhos.
Assim que voltei à realidade reparei que ele me beijava; sim, ele beijava-me, e decidi responder ao beijo. Não sabia se gostava mesmo dele ou se era só uma curte, mas o mais provável era ser a última. Deitei-me sobre ele e passámos o resto do dia ali entre beijos e gestos amorosos, cada um mais selvagem que outro.
Quando a minha mãe bateu à porta e colocou um bilhete debaixo desta, vesti-me à pressa só pensando que a polícia podia estar a chegar e li:
“Matilde, minha filha, o jantar está na mesa.”
Rasguei o bilhete até ficar em migalhas e o meu lado rebelde voltou ao de cima como só poucas vezes o tinha feito.
-O que se passa boazona? - Perguntou-me o Boss e eu encolhi os ombros como se nada fosse.
-Anda, vamos jantar fora...
Fui a uma lata que tinha debaixo da secretária e tirei uma nota de cinquenta que tinha tirado à minha mãe. Vesti um cardigan por cima do que tinha vestido e fiz um rabo de cavalo à pressa. Ele saltou primeiro pela janela e quando eu o fiz, ele segurou-me com cuidado. Fomos directos ao Mac Donald´s e sentei-me numa mesa a guardar lugar enquanto ele fazia o pedido e pagava com o dinheiro que lhe tinha entregue. Assim que começámos a comer a curiosidade assaltou-me a mente e não resisti a perguntar-lhe pelo Di e pela Catarina.
-Ah... esses dois devem estar na marmelada... - respondeu-me com um sorriso perverso. Acabámos aos risos.
***
Quando cheguei a casa reparei que a janela estava fechada e arrependi-me de ter entregue a gazua à polícia.*Raios, ainda por cima não tenho aqui a chave de casa.*
Mandei uma sms ao meu irmão e pedi-lhe que me abrisse a porta; passado um minuto ou dois lá estava ele a abrir-ma. Cumprimentei-o com um sorriso, ao contrário de antigamente quando lhe dava um mega abraço, e dirigi-me ao quarto sem dizer mais nada.
Vesti o pijama à pressa, desfiz o rabo de cavalo e deitei-me em cima da cama com os fones nos ouvidos. Ao som de Breakeven (Falling to Pieces) cantado pela Maddi Jane, adormeci com os meus cabelos ruivos à luz da Lua.